segunda-feira, junho 11, 2012

Oficios do Brasil colonial

Em algumas viagens noto que o artesanato do nordeste sofre mais influencias estéticas contemporâneas do que a região mineira , que creio ser mais tradicionalista.
Embora existam e convivam  duas facetas interessantes: o artesanato nordestino agora é que se adapta a grandes peças artesanais e o artesanato mineiro (não quero denominar sudeste, embora pertença a esta região) produz e se estabelece como o " design colonial " brasileiro! 
Isso ainda demonstra ser pouco!
Segue um texto que estava no rascunho:
Encontrei dois livretos com preços bem baixos, será do formato? da quantidade de páginas? ou da qualidade do papel? ou por serem de autores desconhecidos?
Seguem pensamentos do primeiro item..
Afinal respeito e dou o maior valor a todos os nossos artesanatos, principalmente porque são de materiais variados e demonstram a nossa singularidade neste país enorme continental e com diversidades climáticas, geográficas e de histórias dentro da história única do nosso Brasil.
Bom, pelo menos a que nós conhecemos, pois andei por livrarias e uma historiadora , a Mary Del Priori, sempre nos surpreende!
Mas vamos lá, entre mil coisas, dei de cara com o livretinho de Arantes, que se dá ao trabalho de argumentar em 80 fls, a nossa cultura popular:
Inicia o autor explicitando que a Cultura Popular em sua conceituação difere da Antropologia social(Mauss?? Geertz?? Lévi-Strauss??, autores bons sem dúvida nenhuma) e que existe entre os intelectuais um olhar que não pontua a diferença necessária a este item "popular"na medida em que verdadeiramente existem diferenças nas classes sociais, principalmente em grandes cidades e como também não diferenciando necessáriamente a Cultura Popular do Folclore - tradições! Aponta o autor que povo-massa leva a um lado onde o outro extremo se posiciona como Elite.Preservam-se ou deturpam-se estas tradições?
Articula que por ser dinâmica, esta cultura(com transformações positivas ou negativas) nos leva a refletir sobre a importância de possíveis mudanças no "significado", quando se altera o contexto em que os eventos culturais ocorrem.Cita Gramsci, que em 1935, denominou o folclore como um alglomerado de fragmentos. Sugere que temos uma ilusão de homogeneidade, pois o povo-massa pode dar um diferente significado em uma visita a um Museu, apropriando-se dos jardins para efetivar suas formas próprias de sociabilidade (joguinho de futebol, um banhito nas fontes, uma foto nas estátuas etc). Desenvolve o autor no capítulo sobre a dimensão política do popular que é a questão da participacão, desprovida de qualidade artística, onde o artista não se distingue da massa consumidora, existindo como objetivo o entreter, diferentemente de despertar para a reflexão da situação política que se encontram (anos 80). Concluindo o autor que cultura popular para ele, seja lá que Arte se demonstre, é "construir com cacos e fragmentos, um espelho onde transparece com suas roupagens identificadoras, ....o que é mais abstrato num grupo humano, a sua organização (modo de participação na produção da sociedade).







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