domingo, setembro 16, 2012

as perdas

Convivemos com atos competitivos durante todo o ano, durante toda uma década, durante toda uma vida. Perdemos, ganhamos, nunca ha um empate...os empates satisfazem? Sentimentos valem? o que sabes da minha dor? o que entendes das minhas perdas? sanguíneas ou não? os laços dependem de se colocar no lugar do outro? Escrevemos tudo aos outros? as palavras possibilitam expressar a dor? Podem ser um modo de esvaziar o que vai na alma! Escrevo para esvaziar o que me vai na alma... a dor convive com todos nós! Não são as vitorias que convivem conosco, estas são acontecimentos muito rápidos, a dor, esta sim, demora a passar, fica em nós.. ela extrai de nós tudo, esvaziamos, sem sentido, com as perdas, de um ente querido,de uma mãe, de um filho, de um outro que não chegou a respirar.. das incompreensões que nos transtornam a vida... da falta de um olhar, de um sentimento de cumplicidade.. do entender o lugar do outro, Perdemos sempre, nos diálogos, nos sorrisos, na falta de compreensão, na falta de carinho, por vezes. Você sente o que eu sinto? Sinto eu o que você sente? qual o teu momento ao ouvir uma noticia ruim? Não compreendemos, sera tão difícil compreendermos, que ao nascermos, ou ao sermos concebidos já estamos a perder.. sim, é muito difícil, não fomos criados , neste mundo ocidental, para perder.. Ganhamos em coisas tão simples, com um beijo, um sorriso, um aceno, embora a simplicidade não nos satisfaça imediatamente. Manda-me um beijo nem que seja pelo ar.. da-me um abraço nem que seja nos meus sonhos.. Como se desfazer das coisas? como não querer guardar tudo? como se a presença ali estivesse, embora não física? Como esvaziar a dor? como entendes a dor que sente alguém? um outro?

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