segunda-feira, outubro 29, 2007

Resenha PARTE III

Prosseguindo passa o autor a discernir sobre os gladiadores, diferenciando genialmente a forma do estádio olímpico grego do formato do Coliseu, já que o sentido religioso apontava para o portão de entrada aberto dos gregos em direção ao templo de Zeus e que a forma fechada do estádio romano demonstra o que o autor intitula de “insularidade” esportiva.

Neste instante cita o autor a figura de Sêneca, que apontava o investimento monetário nos eventos esportivos como sintoma de crise ética do império, além de apontar metaforicamente, os gladiadores com a existência humana.

Mas o autor revela aos incautos que o mais importante que ali se mostrava nos combates, era a máscara impassível do lutador perante a turba e a eminência da morte.

Alguma relação com a Fórmula 1 ou Ralis e os Races de aviões?

Mas dando continuidade o autor explica a adversidade da prática esportiva diante das questões religiosas na Id. Média e nos lança em face aos trovadores apontando para a curiosa relação entre as conquistas atléticas e o êxtase erótico, ao lado da possibilidade ao menos temporária de fuga ao controle religioso.

Mas quais os intelectuais amantes da prática esportiva nos trás o autor neste momento? Goethe e Rosseau, que valorizavam a prática esportiva.

E assim o autor aponta a importância conflitante do lazer operário versus o privilégio de fruição das horas vagas pela aristocracia, onde o incremento deste lazer apontava para uma pretensa igualdade independente da camada social a que pertencia o homem.

O boxe é o grande exemplo tomado pelo autor na explicação das descontinuidades esportiva abordando a proximidade da prostituição e da criminalidade com o boxe e como geradora de uma energia explosiva, ressaltando o contraste dos níveis sociais dos espectadores.Chama-nos atenção a uma semelhança com os gladiadores romanos

O conhecimento de que as grandes impulsionadoras do esporte moderno foram as universidades da Inglaterra, onde a forma socializada do esporte coletivo adquiriu espaço junto à Pedagogia, como também aos conceitos de profissionalismo ou amadorismo, ao lado da criação das instituições esportivas internacionais e seus regulamentos. Mais adiante o autor nos propicia a diversidade de esportes com bola que surgiram na época, apesar de não ter sido efetuado nenhum jogo de bola na primeira Olimpíada, mas que hoje ocupam lugar cativo nos eventos.

Com leveza e humor o autor levanta o véu das interpretações equivocadas de Coubertain no tocante aos Jogos Olímpicos Modernos, que foram as questões do amadorismo e a valorização da participação em vez da vitória. Lemas que tentamos implantar nos estudantes ainda hoje. Válidos ou não?

O consumo é outro item interessante adequando a importância das questões de longevidade e dos seguros-saúde e onde paralelamente aos Jogos de 1984 e 1988, as receitas de publicidade e transmissão televisiva foram superiores às despesas. O alerta mais interessante deste item é quando o autor nos leva a refletir se a nacionalidade dos esportistas está sendo substituída pelas marcas que os atletas representam.Em futuro próximo torceremos por marcas ou por clubes?

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