sexta-feira, agosto 15, 2008
Um olhar sobre "Julgamento de valor" e a Subjetividade. parte I
O cotidiano bate à porta, apesar dos J. O., isto quer dizer que, existe o trabalho diário que não deve nem pode ser esquecido.
A falta de medalhas olímpicas na GA é realmente uma pena, apesar do grande mérito de Oleg (técnico ucraniano adotado pelo Brasil),que é justamente ter revelado grandes talentos para esta modalidade esportiva, e o início de um trabalho sério onde resultados são visíveis, pois pela primeira vez estamos em equipe nas finais da G. A. feminina, onde todos oss países estavam em grande forma.Resultados visíveis, ma que não entram nesta bobagem de quadro de medalhas, tão valorizados por muitos.
O que gostaria de rabiscar aqui e vou acrescentando aos poucos, é minha impressão sobre os julgamentos de valor (salve Prof. Heron, que foi meu tutor nesta reflexão), ou seja da subjetividade humana, ou seja, do bom e do belo.
Existem pontos ou gools? Não.
Existe um tempo menor a ser obtido por milésimos de segundos? Não.
Existem distâncias a serem percorridas? Não.
Então, como encarar e entender, um julgamento por notas em um esporte belo, feminino, que envolve a arte,musica, criatividade, como no meu esporte predileto que é a Ginástica Rítmica?
Como enfrentar um julgamento de valor, afinal desde que acordamos diariamente, ao enfrentar o espelho, questionamos, será um bom dia? estamos bem? e estaremos cansados? dormimos bem? os problemas serão superados?
Como julgar o belo, o bom? em uma exposição de quadros com pintores famosos, ou em um concerto musical, qual a melhor música, o que mais nos toca, nos sensibiliza?
Qual a ginasta mais flexível, mais expressiva?
A final, o que seria do azul se todos gostassem do amarelo?
Afinal, as mulheres complicam... quais as cores que combinam com as ginastas, com a música, com os movimentos??? Detalhes, a coreografia com a necessidade de existir uma idéia-guia? Para quem não tem um apuro musical, uma sensibilidade auditiva, onde fica a música, como distinguir o porque da escolha da Rússia? ou da China? o que contam as ginastas em um tempo tão diminuto, de 2 minutos e trinta segundos cravados?
Qual a equipe que errou menos, este é o único ponto verificável aos olhos dos não entendidos...
Afinal, quais são os critérios para julgar a ginástica rítmica, a modalidade feminina dos J. O., onde se escondem ou se mostram a beleza, a criatividade e o talento dos corpos flexíveis em saltos, equilíbrios e giros?
Não, não é um julgamento.... é uma arbitragem... os nomes confundem, mas não se misturam, porque? porque existem critérios que devem, prender, fixar a subjetividade humana.. nós, árbitros, não podemos falar na primeira pessoa, ou seja "Eu GOSTO, eu prefiro"... Não, tudo deve ser impessoal, embora nem todas as envolvidas pensem assim, é uma questão de maturidade, de BOM senso!
ë arbitrar segundo CRITERIOS estabelecidos e conhecidos por todas!