O som do relógio
Tem a alma por fora
Qual passo de atleta
Que as léguas devora.
Martela-lhe o peito
Com pulso constante,
Pendulam-lhe os braços
Em ritmo ofegante.
Se nunca se cansa
Seu corpo de aço
É que toma alento
A cada compasso:
Repousa um momento
Suspenso no vão
Entre o salto no tique
E o toque no chão