quinta-feira, outubro 15, 2009

Cap.IV - parte final


The live badge, por Alexander Rodchenko

A escola como instância de reprodução ou de enriquecimento da cultura

Jacques Defrance explica que a escola tornou-se omnipresente em todas as formas de cultura , seja ela científica, técnica, artística, literária e esportiva como também trás inquietudes e interrogações. Na Educação Física e no mundo esportivo o desencantamento com o mundo escolar produz efeitos. As críticas na França e Alemanha foram vigorosas no que diz respeito à educação do corpo, que se faz na atualidade além da escola e não pode se limitar a uma educação motriz, colocando também em evidência o caráter repressivo ou produtivista das atividades esportivas.
Em caráter menos virulento esta reflexão se prolonga, ao citar Pierre Arnaud, que se interroga sobre o tratamento da matéria esportiva efetuada na escola, e se este modo conserva ou destrói a sua significação cultural.
Supõe-se que, se as atividades esportivas foram culturalmente valorizadas, uma boa parte dos investimentos públicos deveriam ser a elas destinados. Em todo caso as atividades que não dependem de um importante equipamento esportivo (ginásio, piscinas) se incluem, por exemplo , em atividades ligadas à natureza que são relativamente individuais, ou seja, exigem equipamento pessoal.
Se no Sec. XIX as influências esportivas eram provenientes da Inglaterra ou da Alemanha, após a primeira guerra, a influência é americana.
Os fatores materiais, para o autor, combinam com os fatores culturais, e dentro desta rápida análise a idéia de integração, esporte e educação do corpo supõe: que a atividade física é permeável a outras formas de cultura e que as formas de cultura instituídas são permeáveis às atividades físicas e esportivas, onde o indivíduo educado, urbano, moderno adota estas práticas para se inserir na cultura vigente e que a luta por um status cultural ao esporte ainda está aberta.

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