Ontem estava a filosofar comigo mesmo, recordando volto atrás ao momento em que compartilhei sobre a Filosofia da Educação com meus alunos (presencial) que seriam futuros professores. Reflito então no que era antes e o que enfrento agora (on line). Qualquer debate é radical, não há monólogo, aqui é um monólogo comigo mesmo;o diálogo é com quem lê. Questiono, sou questionadora. Aparento ser voltada para as soluções práticas, mas as minhas indagações são intermináveis.
Reflectere, voltar atrás...Pensar o já pensado.
"Podemos olhar o mundo e a nós mesmos de diversas perspectivas...", com esta frase Aranha (2006, p.18) inicia o cap.1 - Filosofia e Filosofia da Educação. A autora cita o mito, a Ciência, o senso comum e a Arte como possibilidades de diferentes olhares. Acrescenta que a Filosofia auxilia o processo de pensar a Educação e a Pedagogia.E já que a Filosofia desestabiliza certezas, questionando o convencional, esta reflexão nos faz retroceder, a pensar o ser humano que será referência para crianças, adolescentes e adultos.
A ciência da Pedagogia não busca apenas pesquisar e conhecer a realidade educativa , continua a autora, complementando que devemos agir sobre ela.
Outro autor com quem aprendi bastante é o Gauthier,C. ( 2006). Principalmente quanto à questão do ofício sem saberes, onde para muitos basta ter intuição ou saber o conteúdo, para outros basta ter talento, para outros basta ter bom senso, ou basta ter experiência, ou basta ter cultura. São idéias pré-concebidas.
Mais adiante, (pg. 29) encontramos um ofício repleto de saberes, com um reservatório de saberes: o saber disciplinar, o curricular, os saberes da Ciência da educação, os saberes da experiência, e os da ação pedagógica.Na verdade este autor estabeleceu como objeto de estudo a relação ensino-aprendizagem a partir de dois pontos de vista: o do professor e do aluno e desta forma sobre a Didática e Pedagogia e as interações entre eles.
Mas os tempos são tempos de “Novas tecnologias: Educação e sociedade na era da informação” um livro organizado por Linhares da Silva (2008), que em seu texto “A urgência do tempo: novas tecnologias e educação contemporânea”reflete sobre a crise da educação contemporânea a partir das TICs ( tecnologias) e a mudança de percepção da realidade, das novas formas de leitura do mundo e da obtenção do conhecimento.
Ë o tempo da Cybercultura de Levy (1999), que sugere uma nova dimensão da nossa evolução como seres humanos.
São novos tempos, novas praticas, atitudes e modos de pensar diferentes.
Referências:
ARANHA, Maria Lucia de Arruda Filosofia da Educacao 3 ed. SP: Moderna, 2006
GAUTHIER, C.[et al.]Por uma teoria da Pedagogia: pesquisas contemporâneas sobre o saber docente. trad. Franscisco Pereira. 2 ed. Ijuí: Inijuí, 2006
SILVA, Mozart Linhares da Novas Tecnologias - educacao e sociedade na era da informação Belo Horizonte : Autêntica, 2008
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