segunda-feira, março 19, 2012

Texto 07 - Evolução das praticas e saberes da GR e o desnível da GR escolar: observações a partir de um estudo do lançar e receber. (Loquet)



O ponto de partida de Loquet se efetua através da  constatação empírica das dificuldades que compõem o ensino da GR em escolas. Relata que a relação corpo-aparelho ocupa posição central para o professor, mas que do lado do aluno este fator não se apresenta como importante, já que existe a tendência em iniciantes escolares em permanecer em posição estática, no caso de lançar e receber o aparelho e que quando ocorrem deslocamentos ocorre uma imobilização constante do mesmo. Recorda que esta relação corpo -aparelho se reporta aos conceitos epistemológicos originários da construção histórica da modalidade. A gênese do conceito de unidade corpo-aparelho em GR surge a partir da influencia da Ginastica Orgânica de Medau (Alemanha). Cita Cassagne, como uma autora que aplicava o principio da totalidade, onde se encontra a sua finalidade dentro de uma interação constante entre o indivíduo e o aparelho.Desta forma o ponto de vista comum entre ginastas competitivas e as iniciantes sera o de dialogo ou cumplicidade entre a ginastas e o aparelho, e de onde , ao ser respeitado este conceito se desenvolve a noção de harmonia, de facilidade de execução, de eficacia e estética das performances. A autora aponta a relação de dependência histórica e direta da GR a uma corrente de Educacao física feminina que se apresenta na Escola caso o professor  confira a esta  atividade um estatuto de Educação corporal. A lógica interna da GR pode ser encontrada a partir do estudo dos regulamentos da modalidade. Considera a autora que durante  a década de 80 presentificou-se a vocação da GR como esporte espetáculo, rompendo-se a ligação com a GR mais natural, já que iniciaram os exageros dos movimentos de flexibilidade estabelecendo-se  assim um estatuto de performance e dificuldades e abandono das formas usuais dos movimentos. Esta evolução tecnica se fundamenta na atitude corporal da ginasta sem contato visual com o aparelho. Aponta também que durante a década de 90 apareceram os RISCOS! Que definitivamente separaram a GR de possíveis significacoes educativas anteriores. O ato de lançar e receber reduziram as certezas de recepção, ao serem realizadas com ações corporais mais difíceis. Ao observar o Lançamento e recepções como reais trajetórias aéreas facilita-se a observação do real desnível entre a pratica escolar e a pratica esportiva em evolução. Questiona a autora sobre a validade dos objetivos de ensino na escola. Aponta que o desnível da GR escolar consiste em que  as dimensões do ensino são simplificadas e mais fieis aos objetivos de uma GR social. Os temas mais encontrados durante a sua pesquisa apontam para 73% de manuseio do aparelho, 18% de ações locomovidas e que as interações com colegas e publico ocupam 9% dos saberes ensinados. Desta forma conclui que a relação didática da GR apresentam sérios limites, entre eles a banalização da atividade locomotora dos alunos, ou seja, não acompanha as dificuldades crescentes evolutivas da modalidade. Da mesma forma que os campeões as crianças necessitam experimentar os grandes lançamentos já que estas experiências envolvem erros, e demonstrações de frustrações com reações psicológicas diversas. Aconselha uma pratica social educativa mais atual, onde, já que a GR nasceu no âmbito escolar e que a competição emancipou suas finalidades, sera necessário uma reconstrução a fim de evitar que a GR na escola nao se perca de sua referencia CULTURAL, já que a didática atenua as dificuldades a serem vivenciadas.

Debate-
Alem de facilitar o ensino das atividades locomotivas a GR escolar, se mostra dependente de espaco e horas de pratica da modalidade.

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