sexta-feira, novembro 23, 2012

De Quando criávamos envelopes....


Querida Zize, eis uma sessão nostalgia, fui a Recife e dediquei uma tarde para recordar as peripécias em nossas viagens na região  Nordeste

Desta vez não será uma carta e sim uma postagem, mais do que email.
Mas esta frase me faz recordar velhos tempos em que recebi um comunicado oficial dos Correios sobre a obrigatoriedade de utilizarmos o envelope tradicional, uf!  Só tinha de acontecer comigo, rs.
E compreendi logo cedo que o que rouba a criatividade é a formatação que o sistema aplica sobre nós.

Recife se encontra meio abandonada e locais culturais de outrora não são mais preservados porque existem outros mais em voga.

Aproveitei o feriado, andei de ônibus  e lógico que para comemorar escolhi um almoço PF... Reservo-me ao direito de dizer que o de antigamente era mais saboroso! O Valor? Ora, daria para dividirmos irmamente como fazíamos sempre e antes de seguirmos viagem.

As mesas de ofertas de retalhos  ainda existem, só que o nosso divertimento foi inesquecível e há coisas sem repetição nesta vida, são únicas.

Observei que a reprodução em massa de temas culturais no artesanato, em prol do consumismo, retirou o valor estético e de criatividade do artesão, isso de um modo geral. Durante este ano
em que visitei João Pessoa, Aracaju e Manaus a repetição ocorre e tudo se torna uma chatice única. Em suma, reprodução e não personalização ,  ate parece o FB.
Mas aqueles artesãos  que são diferenciados em suas produções reservam suas criações para algumas lojas que garimpam e servem de intermediários na venda do produto.
Andei e encontrei peças interessantes e com preço elevado, para ser considerado arte popular.
Não devemos chamar assim, são pecas que exprimem a regionalidade  mas com  sensibilidade que as diferenciam.
As musicas nas ruas se diversificam entre o sertanejo da moda, o Funk e o balanço do Reguee . Não ouvi nenhuma ciranda, xotes ou mesmo Nação Zumbi, viraram clássicos, só pode!

As igrejas coloniais estão sempre fechadas mas o típico do populacho (bêbados e moradores de ruas) ainda se sentam nos degraus.

Nada será como antes, embora ainda o seja! 

Qualquer dia recordo o desfile de moda em Ipanema, o baixo Leblon ou as tentativas de acertos em abrir a porta em Salvador apos shows  ou o suco de Cacau em Ilhéus  ou os carnavais de mortalhas entre o povão, que em suas feiras e conversas é que nos ensinaram a olhar a diversidade das pessoas e a lhes dar valor.

Pessoas comuns como nós.


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