quinta-feira, outubro 15, 2009

Cap. IV por Jacques Defrance... V parte


Robert Delauney, Rhythm, 1934
Promoção do corpo esportivo ou transfiguração política? questiona o autor que nos dá continuidade comentando que nas duas décadas iniciais do séc.XX, o acento em voga é sobre o GESTO esportivo, a velocidade, em uma nova faceta de vida que se constitui em Modernidade.
Mais adiante explana a ambigüidade do tema esportivo dentro das décadas de 30-40 onde o corpo representa algo mais do que a imagem esportiva, é o lado guerreiro que se mostra, o trabalhador vigoroso.Enfim nos leva à separação social radical, a extrema violência ao olhar grupos externos onde esta forma é transposta para obras artísticas deste período. Já na URSS o esporte é tratado como uma celebração do trabalho, do heroísmo contextualizado socialmente (na usina, na reunião, na célula partidária) mobilizando assim a consciência de classe, a vitória sobre a matéria.
Na década de 60, prima-se por um outro estilo, onde a raquete de tênis, o par de skis, são atributos de jovens com pretensão de poder, implicando na modernização da economia.
As tentativas estéticas encontram limites nas idéias para uma “eficácia” do gesto e seu “rendimento”energético, pertinência tática , precisão de posicionamento etc.
E desta forma a Dança, que mais se aproximava da arte, adquire um lugar marginal como campo esportivo, porque concede importância ao efeito estético.
E a função simbólica do esporte nesta década induz a uma “ritualização” dos encontros esportivos.
Na década de 60, o lugar no Pódium se mostra finalmente diferenciado na altura e não lado a lado, assim como também, em fases anteriores a hierarquia de quem concedia a medalha estava acima do atleta, havendo uma radical mudança para a elevação do atleta no Pódium (não consta no livro, é um dado de pesquisa pessoal que aqui coloco).

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