Parte IV
Continua o autor relatando que a vida cultural do sec. XX é marcada por evoluções que trasnformam profundamente o universo cultural: engrandecimento, renovação, aumento dos meios de criação e difusão, que não deixam de ser celebradas como cultura moderna, como também alvo de críticas. Se existe um setor da vida social marcado por lutas simbólicas é evidentemente o da cultura.
Surge enfim uma estilização da vida moderna, um desejo de manifestar uma correspondência entre a forma de ser e o mundo moderno, uma infinidade de ritmos(rápidos), de energias, de cores, com as referências às formas técnicas e industriais.O tema esportivo é correlacionado ao modernismo, ao estilo de vida jovem, rápido e novo!Encontrando-se aí, o esporte como componente significativo de uma modernização dos estilos de vida.Cita o autor que um inventário das obras culturais que tomam o esporte como objeto seria interessante e utilizar este resultado como índice de uma certa atualidade artística, de uma inserção cultural da atividade corporal em diferentes momentos da história artística nas sociedades industriais.
A representação artística do movimento foi constituida durante os três primeiros decênios do sec XX como uma questão estética e cita: Marinetti, Baumeister na pintura, Rodchenko e Lartigue na fotografia, na literatura Paul Morand (l'homme pressé).
Reescreve um pequeno trecho do manifesto futurista de 1909, "Nous voulons exalter le mouvement agressif, l'insomnie fiévreuse, le pas gymnastique, le saut périlleux, la gifle et le coup de poing..."
Os regimes "fortes", como Defrance escreve, polarizaram o mundo artístico impondo uma definição oficial da arte(a arte "sã" dos nazi e a arte "realista"sovietica).
As novas formas de dança representam o modernismo, cita um dado pitoresco, de que o irmão de Le Corbusier é diretor de uma escola de ginástica rítmica de Jacques Dalcrose.Cita também a adequação de muitos artistas às situações vigentes, durante o período conturbado, exemplificando com Leni Rienfenstahl!
Poderíamos considerar então o esporte como um tema de arte "oficial" estabilizado, não podendo mais simbolizar o "anticonformismo" de muitos.
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