"Está fora de discussão que quando as crianças brincam, elas, de facto, se divertem, mas reduzir a brincadeira infantil apenas ao divertimento não é só simplista - é inexacto. Quando brincam, as crianças estimulam os sentidos; aprendem a usar a musculatura ampla e fina; adquirem domínio voluntário sobre seus corpos; coordenam o que ouvem e o que vêem com o que fazem; direccionam os seus pensamentos e lidam com as suas emoções; exploram o mundo e a si mesmas; reelaboram as suas representações mentais; adquirem novas habilidades; tornam-se proficientes na língua, exercitam a criatividade; exploram diferentes papéis e, ao reencenarem situações da vida real, aprendem a gerir a complexidade de seu papel histórico e a fazer decisões com confiança e auto-estima. Há, portanto, muito mais complexidade no acto de brincar, do que pode parecer ao observador desavisado, que só consegue enxergar, fora da água, a pontinha do icebergue."
Artigo de um professor universitário brasileiro.

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